segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Batalha musical

Batalha musical

Aos finais dos anos 70
Quando por aqui cheguei
Logo me instalei;
Em um apartamento do Balneário
A beira do rio Coxipo,
Onde o patrão me hospedara.
Tomei muito banho
Escutando boa musica
Na praia do Sayonara.

Contratado como técnico
Para fazer manutenção em som
Fui mandado para o Balneário,
Que era o xodó do patrão
O famoso João Balão
E foi lá eu conheci os melhores
Músicos da nossa região.

E o pior, e que eu reclamava
Chamava aquilo de emprego!
Na verdade eu só queria
Mesmo, era praia e sossego!

Em muito desses dias
Tive o privilegio de assistir e ouvir
Grandes batalhas musicais
Dos dois lados os guerreiros sonoros
Soltavam musicas pelos poros,
Em seus ensaios semanais.

Poucos metros separavam
Uma boate da outra;
Mas muitos conhecimentos
Musicais e amizade uniam,
Uma turma na outra.
No Balneário em seu palco central
A liderança era de Julio Coutinho
Da banda, o musico principal!
No Sayonara a banda era New Time
Do Nininho baterista e sua voz
Agudíssima e fenomenal
Quanto mais alto no Balneário
Tirava-se o som
A resposta no Sayonara
Era no mesmo tom
No Balneário, Julio, Boi, Soares;
Miguel, Damasco, Belo e Ditinho.
Mandavam acordes geniais

Do Sayonara Claudinho, Nininho,
Baiano, Flory, Helio e Caju!
Revidavam na mesma altura
Com belas notas musicais

E! Hoje Balneário e Sayonara
Já não existem mais
Praia no Sayonara então! Jamais.
E como já disse outros poetas
Tempo bom não volta mais
Saudades! Desta época a única coisa
Que o tempo nos trás!

O! Cuiabá porque eu;
E tu envelheceste
Queria continuar a viver
Dias felizes como estes!
GIL Cuiabá

Coxipo.

Coxipo.

Tchoveu, tchoveu
O Coxipo entcheu
Vai da pexe pa xuxu
De Pintado a Pacu

Tchoveu, tchoveu,
O Coxipo entcheu.
Vu come pexe pa xuxu
Preparado com maxixe.

Tchoveu, tchoveu
O Coxipo entcheu,
Vu pegar um casetero,
Na minha vara de bambu!

Há bons tempos passados
Nos ribeirinhos do rio Coxipo,
Aguardava a cheia do rio Cuiabá
Cantando esta cantiga
E comendo peixe sem dó!

Lambari, Pêra, Pacu ate Pintado,
Grandes ou pequenos Dourados,
Saiam do Cuiabá e subiam
O Coxipo e os alagados.
Para a alegria e sustento
De muitos afortunados!

Hoje também sobem,
Mas me parece
Que mudaram de figura
E ficam encalhados
A qualquer altura!
Eles vêem em forma de
Sacos e garrafas plásticas,
Pneu sofá e ate geladeira.
Peixe? Tem também uns de bobeira,
Bagres cegos, Botoado e Txum txum,
Só bicho que gosta de sujeira!

E aaah! xeu mano tem dó
Porque tão sujando tanto o rio
Com esgoto ate coisa pió
E dele que eu tiro com sacrifício
O sustento de minha família;
E o alimento pro meu fio!!!

Hoje a cantiga é diferente
Tem que se ter dó é da gente
Comer peixe bom, Pintado, Pacu ah!
Isso só com muita grana,
Em algum restaurante de bacana;
Pescado no Coxipo!
Só se for bagre de fio fó!!!

Gil Cuiabá

Inveja

Inveja

Com o nascer do sol
Logo pela manhã,
Preparo-me para a caminhada,
Meu primeiro contato
E com um fiel amigo,
Meu dedicado cão;
É ele que eu levo,
Pra fazer esta jornada.

Em contato com a natureza,
Em meio a minha caminhada,
Eu consigo ver lindas cores
E admirar belas flores.

Mas aos primeiros contatos
Com o bicho homem,
Aquele, o ser humano.
Fico triste, a saber, que.
Nem tudo são Cores,
E nem tudo são flores.

Em nosso dia a dia
Encontramos pessoas com poder,
De murchar as flores,
E apagar as cores;
São pessoas que exalam
A inveja pelos suores.

Á pessoas que só se
Preocupa com o que esta
Em seu campo de visão;
Para elas não importa
A sua real situação;
Sua correria para o banco
Todo dia, já fez trilha no chão.
Mas isto não importa a ninguém!
Levante a cabeça, não liga não.
Você e um cara correto, Negão!
E usando mais uma palavra chavão;
Quanto mais eu conheço o bicho homem,
Mais eu gosto do meu cão!

GIL Cuiabá

Tu es livre

Tu es livre

Estou a ti prender... Estou a ti sufocar?
Queres ir... Então vá!

Tu es livre, pra fazer o que quiser,
Tu es livre para agir, para pensar.

Não me culpe, nem a mim nem a esta mania.
Nunca usei de alçapão, a poesia.

Voe... vá... Saia desta melancolia,
Que seria difícil... Tu já sabias!

Voe... Exercite tuas asas lindo pássaro,
Dos olhos azuis e bico cor de mel;

Voe... Use esta sua liberdade,
E ganhe as mais altas lonjuras do céu;

Voe... E leve este seu lindo canto,
A outras pessoas, não o deixe ao léu;

Voe... Não encante só a mim,
Pois deste crime não quero ser réu;

Voe... Envolva-se, apaixone-se,
Mas retorne se a saudade apertar;

Voe... Mas antes de ir certifique-se...
Nunca houve gaiola a lhe segurar!!!

Gil Cuiabá

In Natura

In Natura

Eh! Meu acolhedor estado do Mato Grosso
Este seu filho adotivo,
Anda muito apreensivo.
Com que andam fazendo
Com o que tão bem
Faz jus ao seu nome...
O teu “mato grosso”!

Estão em nome do progresso
Queimando seu “mato”
Lançando ao ar, poluição!
E das matas derrubando
Arvores de calibre “grosso”,
Matéria para exportação!

Esta faltando há muitos
Um pouco de consciência ecológica;
Esta sobrando a eles ambição,
As favas a preservação;
Eles não estão nem ai
Com o meio ambiente,
Nem com o mal
Que a poluição traz,
Para a saúde da gente.

Eles estão precisando de pastos
Para colocarem seus bois,
Derrubar as matas
Para plantar suas sojas,
Tirar empréstimos no banco,
E comprar caminhonetes novas.
Éh... Viva a agri bovinocultura!
Estão devastando infelizmente,
Este belo estado da nação!

Querer manter como no passado
Seus verdes, suas matas in natura,
E um delírio meu, fissura!
Mas por amar a natureza
Não aceito esta loucura!

GIL Cuiabá

Só pra registrar.

Só pra registrar.

Domingo... Dia 10 de Agosto de 2008 (Dia dos Pais) 6.30h da manhã.
Compromisso aceito, tarefa a se fazer...
A galera da bike me convidou para ir ao passeio ciclístico da inauguração da Avenida das Torres Cuiabá.
De pronto aceitei...
Mas levantar num domingão pra pedalar, já á algum tempo eu não fazia,
mas como eu disse; Compromisso aceito... Tarefa a se fazer!
E lá vou eu e minha bike...
A turma... O sol... Cansaço... Pedalar, diversão.
Domingo dia dos pais... Cerca de 11.00 h estou de volta ao meu bairro...
Antes de chegar em casa encontro alguns amigos de copo e lá vem o convite!
Vou ate minha casa deixo a bike e volto ate o campo de bola onde estava a turma,
e conversa vai, latinha vem, o tempo passa sem perceber.
Paramos na padaria para tomar a ultima e jogar uma partida de sinuca,
que ninguém e de ferro...
Eu deveria de ser, pois estava desde cedo sem nada pra se alimentar,
só pedalando e depois bebendo...
Não deu outra... Porre!

Domingo... Dia 10 de agosto de 2008(Dia dos Pais) 9.00h da noite.
Finalmente chego em casa, bêbado, marrento, cheio de razão...
No portão me deparo com minha filha mais velha casada que me diz:
- Feliz dia dos pais... Pai...
Seu presente esta em cima da sua cama!
- Tenho que ir, se não irei perder mais um ônibus!
Ao entrar em casa encontro minha outra filha...
Que sem papas na língua me chamou a atenção:
- A sua filha esta aqui desde manhã para almoçar com o senhor,
e entregar um presente...
- Bonito pra sua cara...
Entro em meu quarto vejo um embrulho, abro,
são dois CDs originais de rock Coletânea Led Zeppelin...
ela sabe dos meus gostos musicais!
Prensado entre os dois CDS uma nota de R$50.00 vai ao chão...
Aquilo me fez lembrar, que ela havia me ligado um dia antes,
perguntando o que eu queria ganhar...
Eu brinquei dizendo:
- A minha parte pode ser em dinheiro!
Eu, como minha mãe me chamava... Uma manteiga derretida...
Fui as lagrimas e como todo bêbado, fiz a famosa promessa...
- Nunca mais eu bebo!!!

Segunda – feira... Dia 11 de Agosto de 2008 (dia ressaca) 8.30 da manhã.
Teclo em meu computador, algo lembrando o dia anterior, e saiu este poema:

Só por hoje estou sóbrio... Sem beber!

Uma pessoa como eu, que tem Deus no coração,
Não posso ficar mudando tanto assim de opinião.
Só por hoje, seguirei em frente e desta vez,
Não só irei Dizer, não mais beberei... Irei fazer!

Eu bebo no copo das más palavras das pessoas,
E com elas me embriago!
Eu bebo no copo das opiniões das pessoas,
E com elas me embriago!
Eu bebo no copo de amarguras das pessoas,
E com elas me embriago!
Eu bebo no copo das minhas dividas,
E com elas me embriago!

Embriagado por magoas e dividas já estando,
Vou ao bar afogar no álcool minhas frustrações,
E ai eu acabo ficando... Literalmente embriagado!

Mas só por hoje vou Dizer, deixei de beber:
No copo das más palavras.
No copo das opiniões.
No copo das amarguras.
No copo das dividas.

No copo de qualquer bebida Alcoólica.
EU JURO NÃO MAIS TOCAREI
SOSINHO TENTAREI... VOLTO A DIZER.
Certamente com ajuda divina... Irei fazer!!!
Gil Cuiabá

Segunda-feira... Dia 11 de maio de 2009(pós dia das mães) 3.00h da tarde.
Faço este registro... (270 dias)
Já se passou nove messes, um período de gestação humana entre o dia dos pais ao dia das mães...
Eu quero repetir que ate aqui...
“Só por hoje estou sóbrio... Sem beber!!

sábado, 11 de setembro de 2010

GI... O sapo...

GI... O sapo...
Rhogér...rhogér...rhogér...rhogér
Estou aqui a coaxar
Como se estivesse a esperar
Por sua imagem nas águas da lagoa
Dizem que da vida não quero mais nada,
Ando sofrendo a toa.
Triste sina esta minha,
Enamorado por algo fora do meu alcance.
Mas sigo aqui esperando vê-la,
Nem que sejas de relance.

De tempos em tempos tu mudas de figura,
Chega ate a sumir.
Crescente, cheia ou minguante,
Tu me apareces sempre nova,
Teu prateado me ilumina,
Tenho obsessão por tua figura portentosa!
Tu vives no alto,
E da minha existência...
Nem pensar...
Estais na tua!
Eu é que fico aqui...
Pobre coitado...
O Sapo adorando a lua!!!
Rhogér...Rhogér...Rhogér...Rhogér

Gil Cuiabá

Gi... O sapo que adorava a Lua



Gi era um sapo de uma grande família de sapos gias;
Gi tinha uma enorme imaginação,
e por isto grandes trapalhadas ele fazia;
Naquela lagoa encantada,
cheia de magias do cerrado,
sua fama de lunático corria;
A todos ele contava que ate ao coração da Lua,
ele um dia chegaria;


Gi ouviu falar de um Et astronauta,
ou melhor, viu a foto em uma revista deste feito,
e pensou, porque eu também não conseguiria!?...
- Para isto vou dar um jeito!


E assim pensando,
a todos os moradores dos arredores daquela lagoa,
passou a perturbar;
- Rogher...rogher...rogher...
vivia a coaxar;
- Rogher...rogher...rogher...
vendo a imagem de sua amada nas águas, ondular!


Gi em mais uma de suas noites de adoração,
conheceu uma fada,
que ao saber do seu extremo sentimento lunático,
sentiu dó,
ficou a penalizar;

Ela...
- Tentarei lhe ajudar,
mas sua imaginação,
você terá de usar!

Ele...
- Imaginação...
Ora minha fada madrinha é a coisa que mais tenho,
diga-me o que fazer,
que irei aplicar!

Ela...
- Feche seus olhos,
imagine para a lua se tele transportar!

Seguindo as regras e ao seu coração;
Gi usou toda a sua imaginação!!!

Assim, hoje alem de São Jorge seu cavalo e o dragão...

Gi um sapo da família Gia...
Faz também da lua...
Sua moradia!