Tope de fita... O errado...
Sem perceber, continuamos, também como perceber se já tinha um monte de ciclista indo naquela direção? Então vamos dar entrada na mata e procurar a trilha.
Perdidos a procura do inicio da trilha... Que certamente não existia, mas sabe cume... Véio... Teimoso!
Comecei a acreditar que estávamos errados, mas na minha razão falha, sabia que a trilha era sempre do lado esquerdo do rio, subindo (só não sabia que não era aquele rio), fui procurar algum indicio da trilha... Encontrei um pequeno grupo subindo a margem do rio, embarquei nessa.
A hora do pânico... Eu e o Marcelo começamos a subir uma encosta, subindo, subindo, em dado momento o Marcelo escorregou e deslizou pra baixo um pouco, eu que estava quase ao lado dele ainda o alertei:
...cuidado se você escorregar vai parar lá embaixo no rio.
Após isso olhei para baixo... Pânico! Travei! Agarrei- me em uma pequena arvore, e estava decidido a não sair mais dali... Meu Deus! Estava muito alto e num declive, fiquei apavorado, tenho medo de altura.
O Marcelo desceu se arrastando e puxando a bike, eu não saia do lugar, desci um pedaço e depois travei de novo, o Rabelinho (sapo) falou pra sentar e descer de bunda, tudo bem, pedi a ele pra ficar bem na direção de onde eu iria escorregar pra descer até o rio, eu queria um ponto de referencia, uma pessoa ali (pra minha cabeça assustada) seria o meu salvador caso eu despencasse. Kkkkkkkkkk
Criei coragem e desci, hoje contando pode parecer piada ou virar uma, mas só eu sei o que passei ali naquele momento!
Uma vez dentro do rio encontrei com mais dois perdidos, Lineker e o Traquina, o Lineker disse que um amigo dele tinha feito a trilha por dentro do rio (época de seca) de moto... Então vamos continuar a subir esta porra.
Qual nada, mais uma aventura Quixotesca... Eis nós de cara com os nossos moinhos de vento. Sem cordas pra escalar, e com o pouco de consciência que ainda nos restou... Desistimos, não enfrentamos mais este monstro...
Depois de chegar aos costados da chapada, resolvemos abortar a caminhada, decidimos voltar pelo leito do rio...
Zamboni que fazia parte da turma dos amarelinhos (apelido dado a nossa equipe) informou o Alceno que eu havia ficado para trás, perdido na mata, ele chamou o Luizinho e o Marquinho e voltaram pra me procurar, nestas ajudaram muita gente a encontrar o caminho certo, pois não era só eu o perdido.
Enfim o encontro... Chegaram os nossos heróis para nos conduzir a trilha certa
Alceno... Precisar a data certa de quando começou nossa amizade, é difícil, mas a partir do momento desta foto, a amizade se tornou irmandade...
Tope de fita...O certo...
Antes de começar a caminhada em direção a trilha certa, eu estava pensando em caminhar em direção de Cuiabá, o pessoal chamou minha atenção, depois de tudo que passamos! Agora vamos até o fim...
Constatando que não havia mais ninguém (a não ser 2 que estavam tão no alto que não escutavam nossos gritos) fui o ultimo a começar a subida na trilha certa...
Fui ultrapassando os companheiros, fui subindo, levava a vantagem sobre eles por não estar carregando a bike... Se eu sem ela estava cansado, imagine os amigos...
Sobe, sobe, sobe, meu intuito era de descansar só na cachoeirinha, beber água, e comer, não deu, não descia o sanduíche que eu trouxe, dei ele para o Luizinho, ele devorou o sandubá em segundos...
Cheguei ao topo, de lá avistei a fazenda, continuei, o celular tocou era o Zamboni avisando que eles estavam no Cindacta (deve de ser assim, sei lá) a minha espera, trilha do gado, subida, passei pela porteira, mais alguns passos avistei a caixa d’água...
Agora sim posso dizer cheguei... Graças a Deus... 2.43h
Zamboni, Juliano e o motorista da van estavam a minha espera
Embarque na Van, água, uma cervejinha (só uma) Heineken, seguimos pra cidade da Chapada, rumo ao restaurante
Enfim... Comer...E cantar...
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